segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Destino: Nova Orleans (Parte 3)

Já escrevi sobre como chegar, onde ficar, onde comer e o que comprar na charmosa cidade de Nova Orleans. Nesta última postagem, trago curiosidades e algumas dicas sobre o que fazer por lá.

O que fazer em Nova Orleans?

1. Curtir muita música!

Música é o que não falta em Nova Orleans! Você tropeça em artistas de rua à cada esquina. E dos bons! A Royal Street (uma rua super simpática, cheia de antiquários, galerias de arte e lojas fofas), por exemplo, tem seu elenco fixo. Provavelmente, a mais famosa banda do pedaço é a Doreen's Jazz New Orleans, liderada pela talentosa e simpática Doreen Ketchens (clique aqui para informações e vídeos da banda). Nos finais de semana, ela domina a esquina entre a Royal Street e a St. Peter. Outros artistas têm também seus pontos fixos pelas ruas do French Quarter.

Doreen's Jazz New Orleans na Royal Street

Instrumento musical: tábua de lavar (washboard)

A famosa e efervescente Bourbon Street tem também sua música. Nas ruas e nos bares. A das ruas certamente perde em qualidade para a Royal Street, a dos bares não nos aventuramos a conhecer. Mas cada um tem um estilo de música, do jazz à eletrônica, que ganha a rua a volumes altíssimos. O som alto e diversificado dos bares, os artistas de rua de todo o gênero, as casas de shows eróticos que exibem mulheres às suas portas tentando atrair clientes, e mais uma multidão de turistas fazem a Bourbon Street um tanto quanto caótica.

Também não é raro esbarrar em uma parada pelas ruas de Nola. Durante nossa passagem pela cidade, tivemos a chance de ver uma comemorativa a um casamento e outra em homenagem a uma jovem falecida meses antes. À frente vai a banda de música e membros da parada, eventualmente seguidos por pessoas que querem apenas desfruturar da música (a chamada second line). Tradicionalmente, este grupo dança e acena lenços ou guarda-sóis. O chamado jazz funeral ou "funeral com música", por exemplo, é uma tradição da cidade provavelmente originada nas influências da cultura africana.

 
Letreiro de loja cujo nome lembra a tradição do jazz funeral

Apesar de toda música que toma as ruas de Nola, você não deve perder a chance de assistir a uma apresentação de jazz em uma casa especializada. Provavelmente, o local mais recomendado é o Preservation Hall. A casa foi fundada em 1961 com o intuito principal de preservar o típico estilo de jazz de Nova Orleans e é quartel-general da Preservation Hall Jazz Band. O lugar tem programação diária e os ingressos são comprados na hora, mas é preciso chegar pelo menos uma hora antes do horário da apresentação pois o espaço é pequeno. Tudo é muito simples. Os assentos são almofadas no chão nas duas primeiras fileiras e bancos de madeira no restante da sala. Nós assistimos a um show da St. Peter Street Playboys com ingresso a $ 13,00 por pessoa.

 
Preservation Hall

2. Passear pelas ruas do French Quarter

Nada mais gostoso que andar pelas ruas do French Quarter, simplesmente observando detalhes arquitetônicos, arte nas ruas, antiquários, galerias de arte, e gifts shops. Faça isso várias e várias vezes, se puder!

 
 
 
 
 
3. Visitar museus

Entre os principais museus de Nova Orleans está o Lousiana State Museum que é composto por cinco propriedades históricas nacionais na cidade, entre elas o Cabildo e o Presbytere, ambos na Jackson Square (French Quarter), e outras instituições culturais no estado da Louisiana.

 Cabildo

Construído entre 1795 e 1799 (o prédio original foi destruído no grande incêndio de Nova Orleans em 1788), o atual Cabildo foi a sede do governo espanhol na cidade. Testemunhou, entre outros fatos importantes, a assinatura do acordo de transferência da Louisiana para os Estados Unidos. Hoje abriga o museu histórico.

O prédio ao lado é o Presbytere, planejado para abrigar clérigos mas que nunca chegou a excercer esta função. Conta com uma rica coleção permanente sobre o Mardi Gras, o famoso carnaval de Nova Orleans.

 Fantasia do acervo do Presbytere

No mesmo prédio, tivemos a oportunidade de ver a exposição Living With Hurricanes: Katrina & Beyond, que narra o longo histórico de tragédias, especialmente furacões e enchentes, que tem assolado a cidade desde seus tempos de colônia. Obviamente, o maior destaque é para a tragédia provocada pelo furacão Katrina em 2005.

Outro museu importante da cidade é o New Orleans Museum of Art (Noma), localizado no City Park (Parque da Cidade). Sua coleção permanente conta com aproximadamente 40 mil objetos, especialmente de arte francesa e americana.

 Fachada do Noma, no City Park

O Sydney and Walda Besthoff Sculpture Garden no Noma é uma das mais importantes instalações de esculturas nos Estados Unidos, com mais de 60 peças situadas num belo jardim.  Não chegamos a entrar no Noma, pois quando chegamos no City Park já era um pouco tarde... Mas deu tempo de conhecer uma parte do jardim das esculturas, que é bem bacana.

 Escultura no jardim do Noma

4. Fazer uma trilha religiosa / mística

Assim como no Brasil, a influência de várias culturas, sobretudo a europeia e a africana, está muito presente na religiosidade do povo de Nova Orleans. Com certeza, apesar da prevalência do protestantismo nos Estados Unidos, a história da cidade é fortemente marcada pelo catolicismo e pelos cultos africanos, especialmente a religão voodoo.

Não é comum, em cidades norte-americanas, encontrar uma quantidade representativa de igrejas  católicas. Mas em 2009, viajando pela Califórnia, eu já havia acompanhado uma  espécie de "trilha católica". Refiro-me às missões da ordem franciscana, estabelecidas pelos espanhóis em cidades como Santa Barbara, Carmel e São Francisco. Nova Orleans, também colônia espanhola por um período de sua história, traz marcas da fé católica.

Entre estas marcas, podemos começar destacando a Catedral de São Luís, situada na Jackson Square. Eregida em 1851 sobre as fundações de uma igreja colonial de 1727, é a mais antiga catedral católica em atividade contínua do país. O Papa João Paulo II pregou nesta igreja em 1987.

 St. Louis Cathedral (fachada e interior)

Não muito longe dali, na Chartres Street, está o Old Ursuline Convent. O prédio mais antigo do Vale do Mississipi foi construído para um pequeno grupo de freiras que deixou a França para viver na nova colônia. Foi usado também como orfanato, hospital e escola. Ao convento está anexa a Igreja de Santa Maria. No jardim, encontra-se uma imagem de Nossa Senhora do Pronto Socorro, padroeira de Nova Orleans, além de esculturas em mármore de outros santos.

 Fachada do Old Ursuline Convent

Se a doutrina católica foi levada a Nova Orleans por colonizadores europeus, o voodoo chegou à cidade sobretudo através de escravos africanos e de exilados da República Dominicana e do Haiti. Na colônia, a prática religiosa fundiu-se ao próprio catolicismo. Desse sincretismo resultou o Louisiana Voodoo ou New Orleans Voodoo. Por exemplo, a crença nos espíritos que regem assuntos como família, amor e justiça é um pilar da religião, mas na Louisiana os nomes africanos dados a eles foram substituídos por nomes de santos católicos relacionados a esferas de vida semelhantes. Outros elementos da tradição católica, como o batismo, o sinal da cruz e a Ave Maria também foram incorporados ao voodoo.

No século XIX, as rainhas voodoos tornaram-se figuras centrais para os adeptos da religião nos Estados Unidos. Além de presidir cerimônias e rituais, elas eram responsáveis por administrar encantos e amuletos para curar doenças, garantir a concessão de desejos e até mesmo destruir inimigos. Certamente, a mais famosa delas foi Marie Laveau, também uma fervorosa devota católica. Hoje seu túmulo, situado no Cemitério de São Luis, no bairro Tremé, é visitado por milhares de pessoas em busca de favores. Diz a lenda que é só por a mão na tumba de Laveau e fazer o pedido. No local, é possível ver marcada diversas vezes a letra "X". A crença de alguns é de que este gesto traz sorte. No entanto, o ato pode resultar em multa e prisão, já que é considerado vandalismo. Mas você pode apenas fazer uma visitinha curiosa e conferir o túmulo 347, onde está enterrada a rainha voodoo.

 Menino faz pedido a Marie Laveau

Entre os passeios oferecidos por agências de turismo em Nova Orleans, aliás, estão roteiros pelos cemitérios da cidade, que incluem o túmulo de Marie Laveau e o local de filmagem de Easy Rider, e tours específicos para conhecer o voodoo de Nova Orleans, e ainda ouvir histórias sobre fantasmas e vampiros. Tudo bem turistão! Nós dispensamos, mas para quem se interessar, a Magic Tours oferece estes roteiros.

Outra opção que parece bem mais interessante para saber mais sobre o assunto é visitar o Voodoo Museum e o Voodoo Spiritual Temple. Nós também não fizemos... Nos limitamos mesmo à visita ao túmulo de Laveau e a entrar em uma ou duas lojas de artigos voodoo entre as muitas que ocupam o French Quarter. Nelas, aliás, é possível ter uma boa noção do sincretismo religioso de que falei antes. Entre os produtos à venda em uma delas, estavam rosários católicos anunciados como "Brazil voodoo rosarios" e medalhinhas de santos chamadas de "amuletos brasileiros".

Loja de artigos religiosos

Por fim, vale lembrar que o misticismo está também nas ruas de Nova Orleans. Quase tão comum quanto se deparar com músicos a cada esquina é esbarrar em banquinhas de videntes. Com suas mesinhas montadas nos principais pontos do French Quarter, elas põem cartas, leem mãos e veem bolas de cristal para seus clientes - a grande maioria composta por turistas.

5. Andar de barco, bonde ou charrete

Os passeios a bordo do barco a vapor Steamboat Natchez pelo rio Mississipi prometem uma volta ao passado. Com saídas em horários programados do French Quarter, próximo a Jackson Square, os cruzeiros duram em média 2h, e podem incluir (ou não) uma refeição, além de apresentações de bandas de jazz. O preço só do cruzeiro para adultos é de $24,50 por pessoa durante o dia e de $41,00 à noite. Com almoço, o valor sobe para $35,50 e com o jantar para $67,50. Não posso garantir, pois não fizemos nenhum destes roteiros, mas são bastante procurados na cidade. Para mais informações acesse o site do Steamboat Natchez.

Steamboat Natchez no Rio Mississipi

Passear de charrete é outro atrativo de Nova Orleans que não chegamos a experimentar. Nós preferimos explorar a cidade a pé, criando nossos próprios roteiros. Mas para quem gosta de começar seus passeios com um city tour, a charrete pode ser uma alternativa interessante para conhecer o French Quarter. Elas saem da Decatur Street, em frente à Jackson Square.


O street car é uma interessante forma de explorar outras partes da cidade, como o Garden District e o Central Business District (CBD). No Garden District, por exemplo, fica o famoso restaurante Commander's Palace, conhecido principalmente pelo gumbo e pela sopa de tartaruga. Já no CBD ficam o Day-D Museum, designado pelo congresso americano como o Museu Nacional da II Guerra Mundial, e o Audubon Insectarium, anunciado como o único do gênero no mundo.Você pode comprar a passagem direto no bonde ou em máquinas disponíveis nas proximidades dos pontos de parada, como na Canal Street, por exemplo. Há opções de uma viagem, ida e volta e ainda o day pass, que permite que você desça e suba do bonde quantas vezes quiser. Uma das linhas do streetcar tem ponto final no City Park, onde ficam o Noma e o Jardim Botânico.

6. Passear por praças e parques

Já falei várias vezes sobre a Jackson Square, originalmente chamada Place d'Armes, no tempo dos franceses, e ainda Plaza de Armas, no período dos espanhóis. Essa é de fato a principal praça da cidade, o coração de Nova Orleans. Como já disse, é de lá que saem os passeios de charrete, e ao seu redor é possível assistir à apresentações artísticas, comprar quadros, ter feita a sua caricatura e até mesmo consultar uma vidente. 


Além das edificações da Catedral de São Luis e do Cabildo, dos quais já falei anteriormente, ficam na praça os apartamentos Pontalba. Eles foram construídos em 1851, em terras herdadas pela baronesa Micaela Pontalba, que acabara de retornar a Nova Orleans após um desastroso casamento com um primo francês. Para a construção, a baronesa se inspirou em ideias de design que havia visto na França durante o período em que viveu por lá.

 Pontalba Apartments

No bairro Tremé fica outra praça significativa para a história da Nova Orleans. A Congo Square foi um mercado, nos idos de 1800, onde os escravos se encontravam aos domingos para funerais, jogos, danças e música. Como um tributo a este berço da música, o Festival de Jazz foi realizado lá até se tornar popular demais e precisar de um espaço maior.

Outra atração de que já falei muito é o City Park, localizado na Bayou St. John, e que possui o maior agrupamento de carvalhos do mundo (são 2.200 árvores!). A área abaixo de um destes enormes carvalhos, devidamente sinalizada por uma placa, teria sido num passado distante cenário de muitos duelos. Além deste, Nova Orleans conta com outros parques, como o Armstrong Park, no Tremé. Após a morte de Louis Armstrong, natural da cidade e "pai fundador do jazz", este parque foi dedicado a ele. Há ainda o Audubon Park, em Uptown, cuja área já foi uma plantação de cana de açúcar, mas hoje abriga um zoológico e um campo de golf de 100 anos.

7. Visitar as plantations

Nas proximidades de Nova Orleans, ao longo do curso do rio Mississipi, é possível visitar algumas plantations. Em meados dos anos 1800, havia mais de 350 propriedades do gênero na região. Na verdade, eram sistemas agrícolas baseados na monocultura. Hoje algumas destas fazendas estão abertas à visitação. Para chegar até elas, você pode contratar um tour com uma das diversas agências de turismo de Nova Orleans ou alugar um carro. Como gostamos de viajar da maneira mais independente possível, nós optamos por alugar um carro em uma concessionária da Canal Street. Visitamos duas das mais famosas plantations da Louisiana: Oak Alley e Laura Plantation

A história de Oak Alley começa no início dos anos 1700, com o estabelecimento de uma pequena casa e o plantio de 28 carvalhos entre a residência e o Mississipi. Em 1839, a edificação modesta foi substituída por uma mansão construída para a jovem esposa de um produtor de cana de açúcar. Hoje a Oak Alley Foundation é uma instituição sem fins lucrativos que administra o casarão, a plantação de cana de açúcar e ainda compreende uma área de mata virgem. Já a Laura Platantion, mais modesta, ficou famosa graças às memórias que Laura Gore escreveu para seus filhos. Ela registrou histórias de sua vida e de quatro gerações passadas que viveram no local.

Oak Alley - Acima, caminho de carvalhos. Abaixo, casa principal.

Laura Plantation. Acima, casa principal. Abaixo, casa de escravos.

Lagniape...

Lagniape é uma palavra em creole que significa algo extra. Bem neste clima, vou concluir esta postagem com algumas curiosidades sobre Nova Orleans.

1. Flor de Lis

A flor de lis é o símbolo da cidade de Nova Orleans desde os tempos em que foi colonizada pelos franceses. Se no passado ela estava no brasão da família Orléans, hoje estampa os uniformes do New Orleans Saints, o time de futebol americano profissional da cidade. 

 
2. Futebol Americano e o Superdome

O futebol americano é uma das paixões nacionais nos EUA e não é diferente em Nova Orleans. Estávamos lá em um dia de jogo do New Orleans Saints pelo campeonato da liga nacional e deu para sentir bem o clima na cidade. 

A partida foi realizada no Superdome (casa da equipe dos Saints). O Superdome, aliás, foi o estádio que mais recebeu mais edições do Superbowl, famosa partida do campeonato da liga nacional de futebol que define o campeão da temporada anterior. Os Saints conquistaram o Superbowl em 2010.

O Superdome também tornou-se mundialmente famoso após a passagem do furacão Katrina em 2005. O estádio recebeu milhares de desabrigados durante a tragédia.

3. Tragédias e desastres naturais

A história de Nova Orleans, desde sua conquista pelos franceses, é marcada por tragédias e desastres naturais. No século XIX, por exemplo, a cidade era frequentemente assolada por epidemias como a de febre amarela. Na época não se sabia que a principal causa eram os pântanos que cercam a região, bastante propícios à propagação de mosquitos transmissores de doenças. Cerca de dez mil pessoas morreram em função dessas diversas epidemias.

Antes disso, em 1788, um grande incêndio devastou uma boa parte das estruturas cidade. Em 1795, quando Nola ainda estava sendo reconstruída, um novo incêndio, de menores proporções destruiu  mais construções. Por isso, apesar de denominado French Quarter, o bairro berço da cidade possui muitas características da arquitetura espanhola e não da francesa.

Não bastasse tudo isso, ao longo dos séculos a cidade tem sofrido com furacões e enchentes (ela é cercada por lagos,  pântanos e pelo rio Mississipi, além de estar próxima ao Golfo do México). O maior período que a cidade viveu sem a passagem de um furacão foi de dez anos. Os meses críticos são agosto e setembro. O Katrina, por exemplo, chegou à cidade em agosto de 2005. O grande problema não foi o furacão em si, mas as enchentes provocadas como conseqüência dele.

Mas nada disso é motivo para você desistir de visitar Nova Orleans. Embora a tragédia provocada pela passagem do furacão Katrina ainda viva na memória dos moradores, você não percebe as marcas pela cidade. O clima de Nola é leve e animado, quase como se ela não tivesse passado por tantas dificuldades ao longo do tempo. No mais, você tem todos os outros dez meses do ano para fugir dos furacões.

4. Mardi Gras

Para quem curte uma agitação, uma boa época para visitar a cidade - longe dos furacões - é o carnaval. A festa do Mardi Gras (terça-feira gorda em francês) é uma tradição  introduzida pelos franceses, com os bailes de máscaras. Além das paradas e fantasias, hoje o carnaval de Nova Orleans é muito conhecido pelo hábito das pessoas lançarem umas para as outras uma espécie de cordão de contas. Os cordões descartados são coletados e revendidos por, no mínimo, uns dez anos. 

Mesmo fora do período do Mardi Gras, você pode ter um gostinho desta prática. Há muitas festas nas varandas do casario histórico do French Quarter e é bastante comum ver os participantes jogando cordões para os pedestres. Além disso, você pode visitar a exposição permanente sobre o assunto, da qual já falei, no Presbytere, ou ainda conhecer o Mardi Gras World.


5. Crocodilos

Se não bastasse tudo o que acontece em Nova Orleans, ainda temos os crocodilos! É lógico que você não vai dar de cara com um andando pela cidade, mas o crocodilo é uma espécie de mascote local. Nas gifts shops e em supermercados, você acha desde chaveirinhos com patas do bichinho (coitado!) até a carne seca do animal para consumo.

Fotos: Karine e Leandro Iglezias

domingo, 4 de dezembro de 2011

Destino: Nova Orleans (Parte 2)

Agora que você já sabe como chegar e onde ficar em Nova Orleans (Louisiana), seguem algumas dicas sobre a culinária local e opções de compra na cidade.

A culinária de Nola

A culinária é mais uma evidência da originalidade de Nova Orleans. E isso se deve principalmente à influência da chamada cultura cajun-creole. Os pratos típicos desta cozinha podem ser encontrados na grande maioria dos restaurantes da cidade, especialmente do French Quarter. Mas o que afinal o que  significam cajun e creole?

Nos séculos XVII e XVIII, exploradores franceses conquistaram territórios na costa atlântica da América do Norte aos quais denominaram Acadia. Os primeiros colonos franceses a se instalarem na região, sobretudo na Nova Escócia, eram chamados acadians. Com a conquista destas terras, em 1755, pelos britânicos, muitos dos acadianos expulsos migraram para a Louisiana, então ainda colônia francesa. Os nativos locais não conseguiam pronunciar acadian e falavam cajun.

Já o nome creole era atribuído àqueles nascidos na própria colônia, brancos ou negros, em oposição aos habitantes da Louisiana vindos da Europa. Mais tarde passou a ser utilizado para identificar apenas os descendentes de europeus.

A cozinha cajun-creole reflete a história destes povos, que desenvolveram sua culinária tendo como referência os recursos alimentares disponíveis na região, entre eles feijão, arroz, tomate, peixes, camarão, porco e crocodilo, por exemplo. Entre os pratos típicos estão o gumbo e o jambalaya, que sofrem algumas variações no estilo cajun ou creole.

O gumbo é uma espécie de sopa que, no estilo creole, contém crustáceos, tomates e um espessante - o quiabo é muito utilizado para esta função. No modo cajun os ingredientes podem ser crustáceos ou aves e o prato é mais picante. Aliás, a cozinha cajun é rica em temperos e condimentos. 

Já o jambalaya é um "tipo de paella" típica de Nova Orleans. Na versão creole leva tomate, enquanto no estilo cajun o tomate fica de fora. Os ingredientes principais deste prato são frango, linguiça, camarão e arroz. A pimenta caiena, muito empregada na culinária cajun, é um dos temperos utilizados.

Onde e o que comer em Nola

Café du Monde
(800 Decatur Street - French Quarter)


O tradicional Cafè du Monde é ideal para o café da manhã ou de fim de tarde. É o mais antigo café de Nova Orleans, fundado em 1862. Ponto turístico da cidade, é famoso por seu saboroso beignet (uma espécie de bolinho de chuva grande e envolvido em açucar de confeiteiro) e também pelo café encorpado com chicória (se quiser trazer para casa, a latinha com o pó de café é vendido por toda a cidade, mas o melhor preço é mesmo na loja do Café du Monde).


O cardápio de bebidas está disponível em porta-guardanapos e nas paredes do local. Para comer, a única opção é mesmo o beignet. Um pedido de beignet significa três bolinhos na mesa. Você paga a conta na mesa, assim que os pedidos chegarem. Como o local fica muito cheio, pode ser preciso um pouco de paciência.

Gumbo Shop 
(630 St. Peter Street - French Quarter)
 

É uma das muitas opções na cidade para experimentar a culinária creole. Entre os pratos, além dos tradicionais gumbo e jambalaya, você pode provar o shrimp creole (camarão num molho picante de tomate com arroz) e até mesmo um prato vegetariano do dia no estilo creole.

Napoleon House
(500 Charles Street - French Quarter)


O bistrô está situado em uma construção histórica. O prédio foi residência do prefeito de Nova Orleans entre 1812 e 1815, Nicholas Girod, que teria oferecido a casa como refúgio para Napoleão Bonaparte (que nunca chegou a conhecer a cidade). O carro-chefe do cardápio são as famosas muffuletas, conhecidas como as melhores da Nova Orleans. Muffuleta é um tipo de sanduíche, inventado na cidade, que combina diversos ingredientes como mortadela, azeitona, queijo emental, salame e queijo provolone, entre outros.

Lucky Dogs


O mais famoso cachorro-quente de Nova Orleans é vendido nos vagões da Lucky Dogs, em serviço desde 1945. Eles estão espalhados em diversos pontos da cidade, como a Bourbon Street e até o aeroporto.

Bayona
(430 Rue Dauphine - French Quarter)

Comandado pela premiada chef Susan Spicer, o restaurante é uma ótima opção de cozinha internacional, mas também bem caro... Fica situado numa charmosa casa no estilo creole cottage com um simpático jardim. Costuma ficar cheio mesmo durante a semana e pode ser preciso fazer reserva.

Outras opcões:

Americana: Hard Rock Café
Cajun: Café Pontalba, K-Paul's Louisiana Kitchen, Pére Antoine
Creole: Arnaud's, Brennand's, Commander's Palace, Court of Two Sisters
Francesa: Antoine's
Frutos do Mar: Acme Oyster House, Bubba Gump Shrimp Co.

Compras

Nova Orleans possui ótimas opções para compras, e você pode sair carregado de produtos típicos e lembrancinhas de todos os tipos. Entre os objetos facilmente encontratos nas gift shops, além de camisetas, canecas, ímãs e outros produtos comuns em destinos turísticos, estão peças decorativas e de uso pessoal com a flor de liz (símbolo da cidade) em destaque e artigos de culinária. Para quem curte, as ruas do French Quarter também têm muitos antiquários e galerias de arte com opções para todos os gostos. Nas ruas, especialmente em torno da Jackson Square, também é possível comprar quadros e outros objetos de arte.

 

Entre as gift shops, destaco três de que gostei muito, todas no French Quarter:

- Forever New Orleans (700 Royal Street)
Vende livros, objetos pessoais e decorativos, camisetas. Tem coisinhas fofas! Lá comprei um livro super bacana sobre Nola, uma camiseta, e um quadrinho em madeira de demolição com a flor de liz (símbolo da cidade).

 

- Roux Royale Wine & Dine New Orleans Style (600 Royal Street)
Vende principalmente utensílios de cozinha e livros de culinária, mas tem lembrancinhas lindas também!


- Toulouse Royal (601 Royal Street)
Tem lembrancinhas de bom gosto a preços bem mais acessíveis que outros lugares. Vende também livros, camisetas, o famoso café com chicória e vários tipos de pimenta e temperos.

Outras opções de compras no French Quarter:

A New Orleans School of Cooking and Louisiana General Store é, ao mesmo tempo, escola de culinária, restaurante e loja. Lá você encontra produtos de diversas marcas, mas também itens produzidos no local. Por lá compramos temperos e um delicioso azeite com manjericão.


O carnaval é muito importante para o povo de Nova Orleans, por isso é comum encontrar lojas populares e turísticas que vendem máscaras e colares de contas, entre outros itens. Mas a verdade é que há muito poucos produtos de bom gosto ou verdadeiramente locais. 


Uma loja de máscaras bem bacana é a Maskarade (630 St. Ann Street), que vende algumas peças produzidas na cidade e tem também belas máscaras de Veneza. Você pode conhecer visitando o site da loja.

Em Nova Orleans, também conhecemos uma excelente loja de chapéus. A Goorin Bros. Hat Shop (709 Royal Street) tem modelos lindos, femininos e masculinos. A loja é uma de muitas espalhadas pelos EUA, em estados como Califórina, Nova York e Massachusetts, entre outros. A família dos proprietários está no ramo da chapelaria desde 1895. Conheça a marca clicando aqui.

Apesar do molho de pimenta da Tabasco ser facilmente encontrado a preços acessíveis no Brasil, a loja da marca localizada em um dos lados da Jackson Square vale pelo menos uma visita. Você pode encontrar alguns condimentos um pouco diferentes (e até mais fortes) do que os vendidos por aqui. É possível visitar também a fábrica da Tabasco Pepper Sauce nos arredores de Nola.

O French Market (no final da Decatur Street) é visita obrigatória. O mais antigo mercado municipal dos Estados Unidos pode até deixar a desejar se comparado aos nossos mercados aqui no Brasil, como os de São Paulo e Belo Horizonte, mas tem um pouquinho de tudo.


Na época em que Nova Orleans pertencia aos espanhóis o French Market era essencialmente um mercado de carne. Hoje tem frutas, legumes, verduras, temperos, chás e uma espécie de mercado de pulgas onde você encontra roupas, acessórios, bugigangas e até um pouco de artesanato.


Agora, se você estiver planejando comprar roupas e acessórios de marca pode passear pelo sofisticado shopping center Canal Place (365 Canal Street). Ou ainda visitar os outlets da região, como o Tanger Outlets e o Gulfport Premium Outlets, para compras a preços mais acessíveis. Não cheguei a conhecer nenhum dos dois, mas contam com as marcas padrão na maioria dos outlets americanos: Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Gap, Guess, Lacoste, Banana Republic, entre outras.

Fotos: Karine e Leandro Iglezias

domingo, 27 de novembro de 2011

Destino: Nova Orleans (Parte 1)

Depois de merecidas férias, finalmente estou conseguindo retomar minha rotina (e escrever novos posts!). E nada melhor para recomeçar do que compartilhar algumas informações sobre a minha última viagem. Estivem em Nova Orleans (Louisiana) e Miami (Florida), nos EUA, e é claro que vou começar por Nova Orleans que é muito mais interessante!

História e informações gerais 


Apelidada de Nola (abreviação de New Orleans/Louisiana) ou Crescent City, entre outros, a cidade às margens do Rio Mississipi é conhecida principalmente como berço do jazz, do rock e do Mardi Gras (o carnaval local). Em 2005, foi alçada as manchetes mundiais após a trágica passagem do furacão Katrina.

Mas Nova Orleans é muito mais que isso! É uma cidade de personalidade marcante: vibrante, artística, charmosa. Bem diferente da grande maioria das cidades norte-americanas (tudo bem que  estamos falando de um país enorme, mas dos lugares que conheço nos Estados Unidos nunca vi nada igual). Aliás, num país como os EUA, encontrar uma cidade onde existe algum artesanato - mínimo que seja - já é uma raridade.

Nola é um grande caldeirão cultural. Isso se deve principalmente ao fato de ter sido colônia francesa e espanhola antes de ser vendida aos Estados Unidos em 1803. Sofreu múltiplas influências, não somente de seus colonizadores, mas de outros povos como africanos,  canadenses e alemães. Todas essas referências se refletem na culinária (rica em frutos do mar, temperos fortes e misturas inusitadas), na religião (o voodoo trazido por africanos é muito presente na região), e na arte e manifestações culturais de forma geral (música, artes plásticas, festividades).

Como chegar

Companhias aéreas como a United Airlines, Delta, American Airlines, Continental e Air Canada voam para Nova Orleans. No entanto, é preciso fazer conexão em cidades como Miami ou Houston.

Já em Nova Orleans, o transporte entre o aerorporto e o French Quarter, bairro onde fica boa parte dos hotéis, é bastante tranquilo. Ainda no baggage claim, você encontra quiosques com a inscrição Hotels Shuttle. Neles você pode comprar passagens de ida e volta entre o aeroporto e o hotel. O transporte é feito por um microônibus, que deixa e busca os passageiros na porta do hotel. A volta fica agendada para o dia e horário determinados por você. Nós pagamos US$ 76,00 pelo transporte de ida e volta para duas pessoas.

Alugar um carro é sempre uma opção, mas sinceramente em Nova Orleans não é muito necessário. Aliás, este é mais um item que difere a cidade de outras tantas nos Estados Unidos. De qualquer forma, caso queira, você pode reservar um veículo pela internet e retirar no aeroporto.

Onde ficar

O French Quarter, também conhecido como Vieux Carré, é o coração de Nova Orleans. Foi lá que nasceu "la nouvelle Orléans" dos franceses. Como centro histórico da cidade, é natural que conte com uma grande concentração de hotéis. São inúmeras opções para todos os bolsos no bairro e arredores. Desde hotéis internacionalmente renomados a bed & breakfests mais econômicos.

Nós ficamos hospedados no French Market Inn (501 Decatur Street), situado em um prédio de 1722 que funciona como hotel desde 1830, época em que tinha fama de mal assombrado. Rústico, mas bonito e confortável, o hotel conta com uma equipe bastante atenciosa. Chegamos bem antes do horário previsto para o check-in e nosso quarto já estava pronto. Além disso, o hotel é extremamente bem localizado.  Fica  em frente ao Hard Rock Café, próximo ao French Market (o mercado local), ao rio Mississipi  e à Canal Street, rua onde você pega o bonde para outros pontos turísticos da cidade. O único problema foi o acesso à internet, extremamente lento e restrito à recepção do hotel.


Nos arredores da Canal Street, avenida que separa o French Quarter do Central Business District (CBD) e do Warehouse District, ficam hotéis de redes mais renomadas (e caras!) como Hilton, Sheraton e Marriot, entre outros.

Fotos: Karine e Leandro Iglezias

Não perca: no próximo post, mais dicas sobre Nova Orleans! Onde comer, o que fazer e compras...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Arrumando as malas!

Estou arrumando as malas para a segunda metade das minhas férias, que começa no final desta semana! Então, não tem melhor hora para falar desta etapa fundamental na reta final de preparação para uma viagem. Há algum tempo queria fazer este post, e dia desses a Dani Sales (Daniela Sales Instituto de Beleza) pediu dicas de roupas para viagens aqui no blog. Então, vou tentar reunir tudo isso. Vale lembrar que a especialista em moda na família é a minha irmã (Será que esse pode?) e não eu... Mas lá vai!


O que levar?

É claro que o estilo das roupas que você vai levar em uma viagem variam de acordo com o destino  (praia, campo, cidade) e com as temperaturas previstas para o local. O frio é sempre uma desvantagem porque as roupas e sapatos pesam muito mais. Apesar de viajar muito, frequentemente caio na armadilha de levar mais do que preciso. Mas com a experiência, venho conseguindo enxugar cada vez mais as minhas malas. 

Quando comecei a pesquisar para fazer este post, acabei descobrindo que já praticava algumas das dicas dos especialistas em organização. Por exemplo, tento sempre levar peças que harmonizem entre si e busco nos acessórios uma alternativa para mudar a cara da mesma roupa caso precise repetir. Bijous, lenços, e coletes são uma ótima pedida, até porque são leves e ocupam pouco espaço.

Um recurso que uso para viagens longas é fazer uma lista com tudo aquilo que preciso levar, de meias a casacos, de produtos de beleza à câmera fotográfica. Depois confirmo se está tudo realmente na mala. Assim, o risco de esquecer algum item importante é menor.

Se quiser conferir alguns dos meus looks de viagem, clique aqui para acessar o álbum.

Dica 1 - Conforto 

Seja qual for o destino, roupas e sapatos confortáveis são fundamentais. Dispenso os saltos altos sempre que viajo. Afinal, andar é a melhor maneira de explorar qualquer cidade, além de ser mais econômico também... Não gosto muito de tênis e fujo deles o quanto posso, mas confesso que isso geralmente resulta em pés doloridos no fim do dia. Agora se você for fazer ecoturismo não tem jeito mesmo! Os calçados e roupas têm que ser apropriados. Eu tenho um tênis, por exemplo, que só uso para trilhas.

Dica 2 - Curingas

O jeans é um grande curinga, pois combina com tudo e você pode repetir várias vezes. Para uma viagem de uma semana, uma ou duas calças jeans são suficientes, considerando que você vai levar outras peças como saias e vestidos também. Já os sapatos e bolsas, que ocupam espaço e podem pesar bastante na mala., precisam ser versáteis. Por maior que seja a tentação de levar de tudo o que tem no armário, o ideal é escolher poucas peças que fiquem bem com qualquer uma das roupas que estiver levando.

Dica 3 - Tecidos que não amassam

Uma ótima pedida é levar roupas que não amassem ou amassem bem pouco. Raramente você vai encontrar hotéis com ferro de passar disponível ou serviço de passadeira (que costuma ser caro!). Levar na mala também não é uma boa, já que significa peso adicional. Esse é um dos motivos pelos quais gostei de ver nas lojas essas camisas amassadinhas, que não precisam ser passadas. Tenho duas que são bem práticas para viagens.

Dica 4 - Bagagem de mão

Na bagagem de mão, levo sempre documentos, como passaporte, passagens, reservas de hotéis, seguro; equipamentos eletrônicos, como câmeras fotográficas, ipod e notebook; roteiro e guias de viagem; livro e palavras-cruzadas para passar o tempo se for uma viagem longa; e itens pessoais como remédios e maquiagem. Vale lembrar que em viagens internacionais há restrição quanto ao transporte de líquidos na bagagem de mão. Nesse caso, é melhor despachar seus produtos de beleza para não correr o risco de perdê-los.


A escolha da mala

Viagem curta, mala pequena. Se você estiver viajando de avião, ela pode até mesmo ser levada como bagagem de mão. Assim, você ganha tempo no desembarque e ainda evita surpresas desagradáveis como a destruição da sua mala no trajeto. Tenho algumas malas de lona para viagens curtas, mas mesmo nestes casos tenho preferido as de rodinhas, muito mais fáceis de carregar.

Em caso de viagens mais longas, você pode despachar uma mala maior e levar outra pequena ou uma mochila como bagagem de mão. Se for uma viagem planejada para fazer muitas compras, uma idéia é levar duas malas, uma dentro da outra, além da bagagem de mão. Assim, na volta, você despacha as duas malas cheias.

Como organizar a mala?

Uma dica que eu sigo é dispor todas as peças sobre uma superfície antes de por na mala. Faço isso porque, ao ver todas juntas, consigo fazer uma segunda seleção e retiro tudo aquilo que acho que não vou precisar. 

Na hora de arrumar, procuro aproveitar cada espaço da mala. Nos vãos do fundo, costumo colocar itens como lenços, cachecóis, meias-calças e tudo o mais que se adaptar nestes espaços. O ideal é que peças mais pesadas, como calças jeans fiquem por baixo, até para não amassarem as demais roupas. Alguns entendidos sugerem fazer rolinhos com camisetas, mas eu geralmente não faço.

E no lugar de carregar uma necéssaire gigantesca, que na volta nunca cabe na mala, tente dividir seus produtos de beleza e higiene pessoal em várias bolsas menores. Meu marido sempre me falava isso e finalmente acabei me convencendo. Embora não seja tão prático na hora de utilizar os produtos,é bem mais fácil de arrumar na mala. Também costumo lacrar a tampa de produtos líquidos, como  cremes hidratantes, por exemplo, com fita adesiva para não vazar.

Melhor do que qualquer coisa que eu possa escrever, sugiro uma olhadinha nos vídeos abaixo com dicas de especialistas no assunto:

- Veja como organizar sua mala de viagem
- Glória Kalil dá dicas de como fazer uma mala de viagem

E para não haver reclamações, um vídeo que mostra a organização rápida e precisa de uma mala masculina:

- Como arrumar a mala sem deixar as roupas amassadas

Quanto peso posso levar?

A quantidade de malas e o peso permitido varia de acordo com a companhia aérea e entre vôos domésticos e internacionais. É importante se informar ao comprar a passagem, afinal ninguém quer pagar excesso de bagagem.

Na TAM, por exemplo, a franquia de bagagem em vôos nacionais é de 23kg, enquanto que um adulto pode levar duas malas de até 32kg em viagens internacionais. Já na Gol, em voos nacionais e na maior parte das viagens aéreas para os países da América do Sul e Caribe, cada cliente tem direito a até 23 quilos na bagagem despachada. Alguns destinos internacionais têm limites diferentes, como a Colômbia que tem franquia de 30 quilos. Em voos entre Brasil e Estados Unidos pela American Airlines você pode despachar até duas malas de 32kg cada, fora a bagagem de mão. O mesmo vale para voos entre o Brasil e a Europa por companhias aéreas como a Iberia e a TAP.

Atenção à informação de que são duas malas de 32kg e não um peso total de 64kg. O que quero dizer é que se você tiver uma mala pesando 20kg e outra pesando 35kg, mesmo o total não somando 64kg, você não pode despachar a mala de 35kg sem pagar excesso de peso. Ou você paga ou redistribui o peso para a mala mais leve. Já precisei fazer isso mais de uma vez em viagens internacionais e numa dessas perdi uma blusa no aeroporto. Numa viagem aos EUA, no ano passado, compramos uma balança pequena de bagagem que nos ajudou bastante. Pesando as malas antes, no hotel, já chegamos ao aerorporto com tudo certinho.

Fique também atento ao peso, dimensões e itens proibidos na bagagem de mão. Objetos cortantes e pontiagudos, por exemplo, não podem ser transportados. Como já falei antes, líquidos, pastas, cremes e outros artigos de consistência semelhante também não quando em viagens internacionais. Somente recipientes individuais de capacidade não superior a 100ml ou equivalente, acondicionados em sacos de plástico transparente que possam ser abertos ou fechados de novo, podem ser transportados. Também é feita uma exceção a medicamentos e itens de dieta especial (como alimentação de bebês) para uso durante o vôo. Os itens líquidos adquiridos nas zonas de freeshop dos aeroportos também são permitidos desde que estejam em embalagens invioláveis e você tenha o comprovante de compra.

Já vi muita gente tendo que jogar fora produtos de beleza, tesourinha de unha, canivete... Então, fique ligado!