sábado, 25 de fevereiro de 2012

Destino: Orlando (Parte 1)

Castelo da Cinderela no Magic Kingdom

Destino preferido de milhares de crianças e adolescentes, devo confessar que Orlando também me conquistou. Na verdade, não exatamente a cidade norte-americana, que em si não tem nada de especial, mas os divertidos parques e ótimas opções de compras que existem por lá. Conhecer Orlando nunca foi meu sonho, e viajei para lá pela primeira vez mais por insistência do Leandro. Mas depois disso voltei outras vezes e eu não reclamei nada. Muito pelo contrário.

Orlando é sim mais uma típica cidade norte-americana, onde tudo é grande e distante. Onde não dá para viver sem carro. Onde se come mais ou menos sempre as mesmas coisas. Mas também onde é possível se divertir muito! Sabe aquela história de voltar a ser criança? Pois é a mais pura verdade.

Então, vou aproveitar que tenho alguns amigos planejando viagens à terra do Mickey Mouse  para compartilhar algumas experiências sobre mais esta famosa cidade do estado da Florida (EUA). E tentar provar que a Disney não é o que há de melhor em Orlando.

Nesta primeira postagem, saiba mais sobre como chegar, onde ficar e onde comer em Orlando, entre outras dicas importantes.
Sobre Orlando e região

A pantanosa cidade de Orlando, na Flórida, nem sempre atraiu tantos turistas. A verdade é que, embora o Walt Disney World esteja longe de ser a única atração da região, foi este complexo, idealizado por Walt Disney e inaugurado em 1971 com o parque Magic Kingdom, que deu visibilidade mundial  a Orlando e alavancou o desenvolvimento de toda a região vizinha.

Tradicional foto com Minnie e Mickey no Magic Kingdom

Não há dúvidas que o turismo na região está ancorado nos diversos parques de diversão, especialmente nos que pertecem aos grupos Disney, SeaWorld Parks & Entertainment  e Universal. Digo da região porque muita coisa não está exatamente em Orlando, mas nas redondezas (embora a opção preferencial de hospedagem seja mesmo a cidade).

O Universal Studios é um dos atrativos de Orlando

O outro atrativo principal de Orlando, sem dúvidas, está nas compras. A possibilidade de adquirir itens como eletrônicos ou roupas de marca a preços acessíveis atrai milhares de turistas brasileiros à cidade. Aliás, brasileiro é o que não falta na região! Você esbarra em um grupo a cada esquina. Mas se essas não são razões suficientes para visitar Orlando, você ainda pode curtir um excelente espetáculo do Cirque du Soleil, visitar uma cidade histórica não muito distante de Orlando ou até mesmo fazer uma curta viagem até o Kennedy Space Center (Nasa).

Temperaturas e melhor época

As temperaturas em Orlando costumam ser agradáveis. Já visitei a cidade em agosto e duas vezes no mês de novembro. Em agosto é quente, já em novembro a temperatura cai um pouco. Mesmo com dias bonitos, você pode precisar de manga comprida e, à noite, pode fazer um friozinho mais forte.  Não é uma boa época se a sua intenção é aproveitar parques aquáticos, mas fora isso é excelente  para curtir os passeios com tranquilidade e sem passar calor. Obviamente, o mês de janeiro costuma ser o mais frio por lá, lembrando que a Florida não tem um inverno muito rigoroso.

Quanto ao movimento nos parques e lojas, se puder evite o mês de julho. Esta época coincide com as férias escolares no Brasil e nos Estados Unidos, faz muito calor e tudo fica lotado. Aliás, demos sorte quando fomos a Orlando em agosto, pois chegamos exatamente na semana de retorno às aulas nas escolas americanas. Com isso, pegamos os parques menos cheios. Já em novembro é uma beleza! Você vai pegar filas pequenas para acesso aos brinquedos em todos os parques, podendo aproveitar muito mais o dia. Abril, setembro e outubro também são meses considerados tranquilos.
Como chegar

Há vôos para Orlando saindo de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, por exemplo,  por companhias aéreas como Copa, Tam, Avianca, American Airlines, United Airlines e Delta. Estes vôos fazem paradas em cidades como Miami (EUA), Cidade do Panamá (Panamá) e até Bogotá (Colômbia), conforme a empresa escolhida.

Uma outra opção seria pegar um vôo direto até Miami e de lá seguir de carro para Orlando (cerca de 4h de viagem). Mas isso depende muito do passeio que você está planejando. Se pretende dividir sua viagem entre Miami e Orlando e não estiver com pressa, essa pode ser uma opção. E as estradas são excelentes. Eu já fiz as duas coisas, mas confesso que seguir até Orlando de avião foi mais fácil. Lembro que quando fomos de carro pegamos muito trânsito na estrada e, como estávamos com pouco tempo, acabou sendo casativo.

De qualquer forma, é essencial alugar um carro em Orlando. A não ser que você tenha comprado um pacote turístico completo ou tenha um parente ou amigo por lá pronto para emprestar o carro dele ou servir de motorista para você em todos os passeios. Você pode reservar um carro pela internet e retirar  em uma das agências do aeroporto. As dicas sobre como proceder para alugar um veículo e dirigir nos Estados Unidos, desde indicação de locadoras até informações a respeito de habilitação, já estão numa postagem que escrevi recentemente sobre Miami. Clique aqui e leia o item "como chegar" para conferir as dicas.

Um outro aspecto importante, que acabei me esquecendo de compartilhar antes, refere-se ao seguro do veículo. Por mais que aumente o valor do aluguel do carro, seguro é essencial. Certa vez, em viagem a trabalho para os Estados Unidos, meu marido deixou o carro no estacionamento de um shopping e, quando voltou, se deparou com o carro arranhado (não é só aqui que tem motorista que faz besteira e cai fora!). Se não tivesse feito seguro... Agora, fique ligado, pois há alguns cartões de crédito que oferecem o seguro para seus clientes. Veja se você tem este benefício. 

Também é um ponto de atenção o deslocamento na cidade. Muitas vezes, rodando até mesmo dentro de Orlando, você pode cair numa rodovia com pedágio. Se tiver alguém lá para receber o dinheiro, não se preocupe! Mas o que descobri da forma mais dramática (e era eu quem estava ao volante) é que existem pedágios por lá onde você deve parar, depositar um valor em moedas (só em moedas!) e seguir viagem. Não há cancela, mas há uma câmera. Se você não pagar, pode ser flagrado e multado. O que aconteceu? Nós não tínhamos moedas suficientes! Encostamos o carro e ficamos imaginando o que fazer. Dar ré para sair de uma rodovia movimentada não dava. Para encontrar uma loja (à noite) onde pudéssemos trocar dinheiro, teríamos que andar quilômetros!!!! Longa história que conto outra hora, mas no fim conseguimos o dinheiro (faltavam 25 cents) de uma forma até engraçada. Por isso, ande sempre com moedinhas no bolso e não passe aperto!
Dicas gerais

Seguro viagem - Como falei em seguro de carro há pouco, aproveito para lembrar do seguro viagem, que garante cobertura médica e hospitalar em caso de doença ou acidente. Embora ele não seja obrigatório em viagens para os Estados Unidos, como é para entrar em países da União Europeia, é essencial do mesmo jeito. Afinal, você nunca sabe o que pode acontecer e tratamento médico por lá tem um custo muito alto. Para saber mais sobre o assunto, leia a postagem "A importância do seguro viagem". Nesta publicação, você encontra diversas dicas, inclusive sobre empresas que oferecem o serviço (que deve ser adquirido antes da viagem). Mas fique atento, pois há também empresas de cartão de crédito que ofertam o seguro viagem (ou saúde) para clientes que, por exemplo, comprarem as passagens aéreas no cartão da bandeira.

Pacotes turísticos - Mudando de assunto, também citei pacotes turísticos acima. Muita gente me pergunta o que vale mais à pena: viajar por conta própria ou comprar um pacote. Eu até já fechei (pouquíssimos) pacotes com agências de turismo, mas na grande maioria das vezes opto por viajar por conta própria. Além de quase sempre sair mais barato, a liberdade que você tem é compensadora. Você pode definir roteiros que tenham a sua cara, dedicar-se a observar a rotina das pessoas da cidade (e não só fazer o circuito "turistão"), e não ficar preso ao tempo e horários do grupo. Mas é verdade que isso depende muito do seu perfil e também do destino. Há lugares onde, talvez, eu não tivesse coragem de me arriscar sem acompanhamento, até mesmo por questões de segurança e idioma. Mas a verdade é que, falando um pouco de inglês, você se vira em uma boa parte do mundo. Em Orlando, o espanhol e até o português são bastante falados. Agora, há quem também não se sinta seguro em fazer uma viagem internacional sem ajuda de uma agência, especialmente quando se trata da primeira vez. Como eu disse, depende do perfil de cada um.

Onde ficar

Em Orlando, há hotéis que oferecem apartamentos bem completos, inclusive com cozinhas equipadas com microondas, geladeira, utensílios, pratos, copos e talheres. Além de excelente para economizar  na alimentação, pode ser uma ótima opção para quem viaja em família ou grupo de amigos. Em nossa última visita a Orlando, estávamos com um casal de amigos. Dividimos um apartamento em um hotel que tinha dois quartos com banheiros separados e uma área comum de sala integrada à cozinha. Ficou muito mais barato para nós sem perdermos a privacidade.

Seguem os hotéis em que já me hospedei por lá:

Travelodge Orlando Downtown Centroplex (409 North Magnolia Avenue) - Este pertence à rede de motéis Travelodge, sobre a qual já falei na postagem sobre Miami. Não é tão bem localizado, mas oferece o básico, incluindo estacionamento, e o preço é acessível. Fiquei lá em minha primeira viagem a Orlando.

Monumental Hotel Orlando (12120 International Drive) - É um hotel antigo, mas com quartos bem grandes. Também tem piscina, embora a gente nem tenha usado. Em termos de localização é mais interessante, pois fica na International Drive, onde há vários restaurantes e pontos de interesse. E é uma região de fácil deslocamento para parques como o Sea World e o Aquatica e para o Orlando Premium Outlets.

Floridays Resort Orlando (12562 International Drive) - Este é o hotel onde me hospedei em minha última viagem a Orlando. Tem opções de apartamentos com dois ou três quartos, sempre com dois banheiros, cozinha completa e máquina de lavar. O hotel também oferece piscina e fitness center, embora eu ache difícil sobrar tempo para aproveitar as amenidades oferecidas. Também está muito bem localizado na Inetnational Drive.

Há muitas outras opções de hospedagem na própria International Drive, mas você também pode se hospedar nos complexos da Universal e do Walt Disney World, que costumam oferecer algumas vantagens  aos hóspedes, como poder sair mais tarde dos parques, debitar gastos realizados nos parques direto na conta do hotel ou até mesmo pegar filas mais curtas nas atrações. Os hotéis nos complexos costumam ser um pouco mais caros, mas eventualmente você pode conseguir uma boa oferta.

Onde comer

Em Orlando, assim como em Miami, é difícil fugir de restaurantes no estilo Friday's, Outback e Applebees.  A diferença é que nos Estados Unidos estas redes são muito comuns e os preços são muito mais baixos que os praticados aqui no Brasil. Destaco os mesmos restaurantes sobre os quais já havia falado na postagem a respeito de Miami: Red Lobster e The Cheesecake Factory. Para saber mais sobre eles, clique aqui e leia o item "onde comer" da publicação sobre Miami neste blog.


Na International Drive há várias opções para comer. A avenida é gigantesca e você encontra até uma churrascaria brasileira. Nas redondezas, também fica o restaurante temático Pirates Dinner Adventure. Eu nunca fui, mas parece que atrai muitos turistas, principalmente brasileiros, com o pacote show e jantar. A City Walk, na Universal, e a Downtown Disney, também são boas alternativas. Há diversos restaurantes por lá e muito agito à noite. O Hard Rock Café, por exemplo, fica na City Walk.

Vale lembrar que, nos Estados Unidos, dar gorjeta (tip em inglês) é fundamental. Segundo um casal de amigos que morou em Orlando, os garçons não recebem salário fixo por seu trabalho. Tudo o que ganham vem das gorjetas, por isso geralmente procuram agradar ao máximo os clientes. Embora não exista um percentual estipulado por lei, como aqui no Brasil, a prática é dar entre 15% e 20% do valor da conta em gorjeta.
Fotos: Karine e Leandro Iglezias

4 comentários:

  1. Ótimo texto, Karine! Já tinha visto suas postagens sobre o blog no Facebook e Samira fez uma boa propaganda dele para mim também... Muito bom seu texto sobre Orlando, as dicas são excelentes! Parabéns, adorei mesmo! Agora serei leitora assídua!

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    1. Oi, Áurea! Muito obrigada! Que bom que gostou, fico feliz. Continue frequentando o blog, viu? Beijos.

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  2. Olá! Adorei seu Blog...estou comviagem marcada para Orlando, e gostaria de dicas de onde comprar ingressos dos parques mais em conta...Compensa já comprar no Brasil ou nos Estados Unidos?

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  3. Oi, Ligia! Que bom que gostou do blog! Bem, comprar os tickets pela internet costuma sair mais em conta. Além disso, se sua viagem estiver programada para alta temporada, você evita perde tempo em filas. No outro post sobre Orlando (parte 2) aqui no blog, tem link para os sites de alguns dos principais parques. Neles você se informa quanto a preços e como comprar os ingressos. Abs.

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